Diante dos depoimentos realizados no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal sobre suposto golpe de estado, funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) se manifestaram para reafirmar posicionamento “firme e transparente”. “Os servidores da agência agem com seriedade, compromisso com a legalidade e respeito absoluto à Constituição”, diz trecho da nota encaminhada pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis). 2d5j4f
O grupo afirma que as declarações nos depoimentos mostram que o órgão não foi utilizado para produção de relatórios falsos sobre funcionamento irregular das urnas eletrônicas. “Os depoimentos reforçaram o que a Intelis já havia afirmado desde o período eleitoral de 2022: as urnas eletrônicas são seguras, confiáveis e não houve qualquer registro de fraude em sua utilização. Trata-se de um sistema consolidado há mais de duas décadas e reconhecido por sua integridade por instituições nacionais e internacionais”, registraram os integrantes da agência.
Ex-diretor da Abin, o hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) disse em seu depoimento à Corte nunca ter monitorado desafetos do governo de Jair Bolsonaro durante o período em que permaneceu na agência. “Nunca utilizei monitoramento algum pela Abin de qualquer autoridade. E, ao contrário do que foi colocado em comunicação, nós não tínhamos a gerência de sistemas de monitoramento”, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes. Durante o governo de Jair Bolsonaro, integrantes do governo foram acusados pela Polícia Federal de utilizar o Firstmile, programa de espionagem. Ao depor, Ramagem também negou utilização do equipamento. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno também afirmou que não havia clima para uso político da Abin.
Leia íntegra da nota da Intelis
Diante dos depoimentos prestados nos últimos dias ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo, a Intelis – União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN reitera seu posicionamento firme e transparente: os servidores da Agência agem com seriedade, compromisso com a legalidade e respeito absoluto à Constituição. Os depoimentos reforçaram o que a Intelis já havia afirmado desde o período eleitoral de 2022: as urnas eletrônicas são seguras, confiáveis e não houve qualquer registro de fraude em sua utilização. Trata-se de um sistema consolidado há mais de duas décadas e reconhecido por sua integridade por instituições nacionais e internacionais.
A atuação dos profissionais da ABIN foi — e continua sendo — fundamental nesse processo. Ao longo da história do voto eletrônico no Brasil, esses servidores têm prestado apoio técnico qualificado à Justiça Eleitoral, especialmente no desenvolvimento e aperfeiçoamento de sistemas criptográficos e de digital. Esses mecanismos asseguram a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos dados e programas das urnas eletrônicas. Esse conjunto de tecnologias, somado à expertise dos servidores, compõe um ecossistema de segurança que tem resistido com êxito a sucessivos testes públicos conduzidos por órgãos independentes, conforme reconhece o próprio Tribunal Superior Eleitoral.
Como servidores públicos de um órgão de Estado essencial à proteção dos interesses estratégicos da Nação, reafirmamos nosso compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a Constituição da República e com a defesa inegociável dos direitos e garantias dos cidadãos.
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